jovem italiana que morreu há 20 anos, no dia 7 de outubro de 1990. Filha única de um casal
que a esperou durante 11 anos, nasceu em Sassello, norte da Itália, no dia 29 de outubro de
1971. Com nove anos, entrou em contato com o Movimento dos Focolares, ao participar,
juntamente com seus pais, de um encontro de espiritualidade em Roma, fato que modificou
radicalmente a vida dos três membros da pequena família.
Voltou para casa renovada e irradiante. Uma intensa luz interior, que se transformou numa
profunda alegria, a fez entender que Deus a amava acima de qualquer expectativa. Suas
fraquezas e incoerências, que até então a humilhavam e pareciam impedir sua intimidade com
ele, passaram a ser vistas como um poderoso imã, que atraía a misericórdia divina.
Sentindo-se amada gratuitamente – independentemente de seus méritos reais ou fictícios –
passou a gozar de uma liberdade jamais antes imaginada, que a impelia a amar a todos. Como
São João, ela não cansava de repetir: «Conheço o amor que Deus tem por mim e nele
acredito!» (1Jo 4,16).
Contudo, para ser fiel ao ideal que abraçara, diferentemente de sua homônima, Santa Clara de
Assis, ela não se retirou para um convento nem abandonou a família e os numerosos amigos
que sua simpatia cativava. Nem começou a passar longas horas na igreja... Pelo contrário, o
seu novo estilo de vida reforçou mais ainda a graça que brilhava em todo o seu agir. Para ela,
santidade era fazer a vontade de Deus. E a vontade de Deus é uma só: amar! Por isso,
dedicava-se com intensidade e desapego tanto aos estudos e aos pequenos trabalhos
domésticos, como aos esportes, à dança, ao canto e aos encontros de formação com os
colegas que a cercavam.
Em suma, uma jovem cheia de vida, de alegria e... de projetos para o futuro, não excluído o
casamento. Contudo, em 1988, quando mal completara 17 anos, durante uma partida de tênis,
sentiu uma aguda dor nas costas. Os exames médicos lhe deram a pior de todas as notícias:
câncer nos ossos.
Foi um baque que a jogou nas trevas mais espessas. As dúvidas e as interrogações se
sucederam num ritmo crescente: «Por que isso acontece justamente comigo, que tanto luto
para fazer o bem a todos? Por que Deus, que é amor, permite uma coisa dessas? Mas, se ele
é todo-poderoso, por que não faz um milagre?» Pediu à mãe que a deixasse sozinha em seu
quarto por quinze minutos. Em seguida, abriu a porta e, com o rosto brilhando entre as
lágrimas, exclamou: «Por ti, Jesus! Se tu o queres, eu também o quero!».
As dores e provas passaram a se suceder num ritmo crescente. Mas, diante de cada uma
delas, repetia o seu “sim” “sempre, logo e com alegria” – como aprendera de sua mestra,
Chiara Lubich. Foi tão grande o progresso alcançado nos dois anos de doença, que disse a
uma amiga: «Se tivesse de escolher entre caminhar novamente ou ir ao Paraíso, eu não teria
dúvida: escolheria o Paraíso. Nessa altura, somente ele me interessa».
No dia 19 de julho de 1990, ela escrevia a Chiara Lubich: «A medicina não tem mais nada a
fazer. Ao interromper o tratamento, as dores na coluna aumentaram muito. Quase não consigo
me mexer. Sinto-me tão pequena, e o caminho que devo percorrer, tão duro... Frequentemente
tenho a impressão de ser sufocada pela dor. É Jesus, o Esposo, que vem ao meu encontro,
não é mesmo? Sim, eu repito com você: “Se tu queres, eu também quero!”. Com você e com
ele, tenho certeza que conquistaremos o mundo!».
De Chiara Lubich, Chiara Badano recebeu o sobrenome de “Luce”, pela luz que irradiava o seu
ser e contagiava os que dela se aproximavam. Passou os últimos dias de vida preparando o
que julgava necessário para o funeral, que denominou “festa de seu casamento”: os cânticos,
as flores e o vestido branco. As últimas palavras que dirigiu à mãe revelam a maturidade
alcançada por uma jovem que acreditou no amor: «Seja feliz, assim como eu o sou!».
Dom Redovino Rizzardo
Chiara Badano: jovem, moderna e santa
Escrito por cnbb
Sex, 01 de Outubro de 2010 14:01
Postado por: Romero
Chiara Badano: jovem, moderna e santa
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Sex, 01 de Outubro de 2010 14:01
Postado por: Romero
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