domingo, 21 de novembro de 2010

Unidade, comunhão: as palavras para o terceiro milênio


Espiritualidade da unidade

Assim como no decorrer dos séculos,
especialmente em momentos de crise,
de reviravoltas na história, ainda hoje,
com os dons dos seus carismas,
o Espírito faz com que desabrochem
novas correntes espirituais na Igreja,
suscitando movimentos, comunidades, famílias religiosas,
que são, por assim dizer,
a encarnação de uma palavra de vida
que Jesus quer repetir para a humanidade,
como remédio para os males do tempo.

Unidade, comunhão: as palavras para o terceiro milênio
Comunhão, comunidade, unidade. Palavras que Jesus repete hoje. Do Concílio Vaticano II emergiu a exigência de uma espiritualidade de comunhão, que em muitos momentos foi invocada pelo Papa João Paulo II e por Bento XVI. É justamente a unidade a característica da espiritualidade do Movimento dos Focolares.
Uma espiritualidade que brotou de uma experiência de redescoberta do Evangelho das origens. Chiara e suas primeiras companheiras descobrem no Testamento de Jesus, “que todos sejam um”, o porquê de suas vidas. É uma “página de luz” que se abre em um momento escuro da história: a Segunda Guerra Mundial. Como realizar a unidade em um mundo tão dilacerado pelo ódio e pela violência? É um questionamento que se torna oração. A resposta se encontra numa outra “página de misterioso sofrimento”, escrita por um Deus que, na cruz, chega a gritar o abandono de seu Pai, para reunir os homens ao Criador e entre si.
A medida do amor mútuo, que gera a unidade, encontra-se neste ápice de amor. Uma unidade que torna visível a presença do Ressuscitado no lugar onde cada pessoa vive: na família, nos bairros, nas fábricas, nos parlamentos. Quando o Ressuscitado está entre nós, como ele prometeu a dois ou três que se reúnem em seu nome, ou seja, no seu amor, de alguma maneira experimenta-se o divino, a sua paz, a sua luz, o seu amor, a unidade!
Chiara Lubich testemunha: “Foi justamente quando acreditávamos estar simplesmente vivendo o Evangelho que o Espírito Santo esculpiu com caracteres de fogo nas nossas almas aqueles que teriam seriam os pontos fundamentais da ‘Espiritualidade da Unidade’, uma espiritualidade nova, ao mesmo tempo pessoal e comunitária”.
Uma nova corrente de espiritualidade
A espiritualidade da unidade além de ser a linfa da qual se desenvolve o Movimento dos Focolares, é também o humus que dá vida às suas numerosas realizações, mas, ao difundir-se em todas as latitudes, revela-se, cada vez mais, como uma resposta à sede de unidade, de paz, de renovação, que aflora na humanidade.
Somente a viva narração de quem viveu as suas origens é capaz de exprimir a novidade desta corrente espiritual.

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