Caro amigo,
Cara amiga,
À medida que o homem foi conhecendo os segredos da natureza, passando do conhecimento mítico para o conhecimento científico, racional, foi também se apoderando dela. E, conhecendo o próprio espírito humano, quis o homem também se apoderar dele. Até chegar ao desejo de uma autonomia absoluta, acreditando ter saído da infância, para se tornar capaz de servir-se do próprio entendimento, sem a direção ou tutela de outro alguém.
Vivendo baseado na razão, na ciência e na tecnologia, ou até como se Deus não existisse, o homem dividiu o átomo, chegou à Lua, clonou outros seres vivos, na chamada modernidade.
Houve avanços, o ser humano tornou-se mais “adulto”, melhorou a qualidade de vida. Mas a modernidade entrou em crise! São problemas ecológicos que os avanços da tecnologia trouxeram, a exclusão social gerada pelo progresso da economia e as novas formas de violência.
Passamos a viver numa sociedade bem mais complexa, marcada por uma variedade enorme, por uma explosão das diversidades e a nova referência é o próprio indivíduo.
Ora, se cada um age de acordo com a própria consciência, então os valores tornam-se relativos! E o relativismo passou a ser uma coisa absoluta. E o individualismo gera também várias perdas. Uma delas é a perda do compromisso com a sociedade, substituído pela preocupação com a privacidade.
Com isso, as relações com o próximo se enfraquecem; ou o outro é interessante para mim enquanto serve aos meus propósitos, ou então, não faz diferença; ou pior, é meu concorrente ou inimigo.
Nos tempos atuais, com a globalização econômica, impôs-se a crença num pensamento único sobre o progresso humano. Esse pensamento baseia-se unicamente em valores econômicos, na competitividade e no consumo.
Presenciamos, então, uma contradição enorme: por baixo das diversidades, do individualismo, predomina uma homogeneidade, a massificação. E aqui, uma nova ideologia ocupa o espaço: o consumismo.
Nesse contexto cultural, os meios de comunicação social têm um papel muito importante. Pois a televisão, o rádio, os jornais e revistas, por um lado, refletem os valores e os contra-valores de nossa cultura, e por outro, ao mesmo tempo, difundem e formam, para um público bem maior, esses mesmos valores e contra-valores.
A mídia se alimenta dos fatos vividos por partes da sociedade, mas a vida em toda a sociedade reproduz aquilo que é comunicado pela mídia. A televisão chega a determinar quase 80% dos assuntos comentados pelas pessoas no seu dia-a-dia.
Nossa experiência mostra que a presença do amor no meio da comunidade muda completamente as relações, cria relações de fraternidade. E este é o nosso estilo de vida, é a nossa cultura. Uma cultura transformadora. Já transformou nossas relações pessoais e está produzindo transformações na sociedade.
E esse modo de agir não se limita a atitudes éticas – por exemplo, a honestidade, a coerência, a pontualidade, a precisão. É um modo de agir baseado no reconhecimento de que somos todos irmãos, de que há uma igualdade de fundo. Um modo de agir baseado na reciprocidade, no amor mútuo. E isso tem reflexos na Economia, na Política, na Educação, nas Artes, no Direito e assim por diante.
Neste cenário, tomo a liberdade de lhe apresentar, hoje, uma nova alternativa de leitura: Cidade Nova um veículo jornalístico que trata das exigências, das esperanças, das energias e das potencialidades da sociedade, oferecendo uma proposta de saída a partir da Cultura da Fraternidade.
Se você deseja saber mais, podemos trocar e-mail, telefonemas e navegar pelo site www.cidadenova.org.br
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Abraço fraterno
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