O que é preciso, sob o ponto de vista psicológico, para sentir-se realizado na vida de casal?
Segundo o grande psicólogo austríaco Viktor Frankl, pai da logoterapia, existem três aspectos psicológicos no amor conjugal que podem levar a realização da pessoa. São a graça, o encanto e o milagre. A esse respeito ele escreveu: “No amor, uma pessoa torna-se para outra um ser humano insubstituível e indispensável, sem que ela tenha feito nada com esse objetivo. Portanto, não existe nenhum mérito no ato de amar porque, por meio dele, conseguimos nos realizar; realizarmos o nosso valor de pessoa”....Quando amamos uma pessoa, o mundo se torna fabuloso e a pessoa que ama redescobre todos os valores da vida; o mundo o satisfaz plenamente.
...Para a pessoa que ama, tudo na vida adquire um dimensão muito mais ampla e mundo se apresenta cheio de valores e de beleza. Ao contrário do que se diz normalmente, o verdadeiro amor não torna as pessoas cegas, porém, mais capazes de colher a beleza da vida.
Gandhi afirmou certa vez, dirigindo-se a alguns casais: “Vocês sabem por que gritamos com outra pessoa quando estamos com raiva? Quando duas pessoas estão com raiva, os corações delas se afastam muito um do outro. Para superar essa distância, as pessoas precisam gritar para que possam ser ouvidas. Quanto mais enraivecidas elas estão, mais forte deverão gritar para escutarem-se.
Por outro lado, o que acontece quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam, falam suavemente.
E por que?
Porque os seus corações estão muito próximos um do outro. A distância entre eles é pequena. Às vezes, os corações estão tão próximos que as pessoas que se amam nem falam, somente sussurram. E quando o amor é ainda mais intenso, não é preciso nem mesmo sussurrar, basta que as pessoas se olhem. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam aproximam-se uma da outra”.
“Quando vocês forem discutir, não deixem que os seus corações se distanciem, não digam palavras que os possam distanciar ainda mais, porque chegará o dia em que a distância será tão grande que não encontrarão nunca mais o caminho para voltarem”.
“No amor, uma pessoa torna-se para outra um ser insubstituível e indispensável”.
Trechos retirados de Cidade Nova, setembro 2010 – número 09, pág. 37
(Família – Pasquale Lonata)
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